Governador afirma que STF agiu politicamente e critica decisão que, segundo ele, fragiliza a democracia
O governador Wilson Lima (União) chamou a condenação de 27 anos e 3 meses do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) de “injusta” e afirmou, nesta quinta-feira (11), em sua conta no X (antigo Twitter), que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria agido de forma política.
“A injusta condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal é lamentável. Bolsonaro foi um líder que governou com honestidade e proximidade com o povo brasileiro. Ele foi vítima de um julgamento político que o condenou sem provas e, principalmente, sem crime”, afirmou Lima.
O governador criticou a decisão, dizendo que ela fragiliza a democracia: “A decisão gera apreensão e será lembrada como um momento delicado para a nossa democracia”.
Wilson Lima já vinha demonstrando apoio a Bolsonaro desde que ele se tornou réu, participando de manifestações em São Paulo ao lado do ex-presidente e publicando mensagens de apoio em suas redes sociais. Apesar disso, o ministro Flávio Dino afirmou que a tentativa de golpe liderada por Bolsonaro “teve mais provas do que em 64; faltou criarem uma ata”.
Além de Bolsonaro, outros sete foram condenados. Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022: 26 anos; Almir Garnier - ex-comandante da Marinha: 24 anos; Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal: 24 anos; Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): 21 anos; Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa: 19 anos; Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 2 anos em regime aberto e garantia de liberdade pela delação premiada; Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin): 16 anos, um mês e 15 dias.
(Foto: Reprodução)
Por: Emile de Souza
