Para receber a vacina, a criança deve estar acompanhada dos pais ou responsáveis, levando o documento oficial de identificação, Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou CPF, e cartão de vacina

A capital amazonense começa a campanha de imunização contra dengue nesta quinta-feira (22), a partir das 9h. Nesta primeira etapa, serão vacinadas crianças de 10 e 11 anos. Ao todo, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), serão ofertadas 171 salas de vacinação localizadas em todas as cinco zonas de Manaus.

Para receber a vacina, a criança deve estar acompanhada dos pais ou responsáveis, levando o documento oficial de identificação, Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou CPF, e cartão de vacina.

Dentre os pontos de imunização estão nove unidades de saúde que atendem em horário ampliado, das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados. A lista completa de unidades, com endereços e horários de funcionamento, está disponível em no site https://manaus.am.gov.br/semsa ou diretamente pelo link https://bit.ly/SalasVacinaManaus.

Além da oferta da vacina nos pontos de imunização, a estratégia da Semsa incluirá a vacinação em unidades de ensino vinculadas ao Programa Saúde na Escola (PSE), da secretaria, e em escolas situadas próximas de unidades da rede básica.

Público-alvo

A estratégia de vacinação em alcançar 90% a população de 10 a 14 anos se dá por conta da limitação de doses do imunizante Qdenga adquiridas e distribuídas pelo Ministério da Saúde (MS) e também por conta desta faixa etária apresentar o maior índice de hospitalização.

Segundo a Semsa, nesta primeira etapa, devem ser aplicadas 65.037 vacinas no público-alvo entre 10 e 14 anos, conforme previsto no Plano Nacional de Imunização (PNI).

A recomendação do MS é que, à medida que aplicação do imunizante vá progredindo, outras faixas etárias serão contempladas com a vacina.

Esquema vacinal

O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A vacina contra a dengue recebida é correspondente à primeira dose do esquema vacinal. Ainda não há previsão de nova remessa de imunizantes para a segunda dose desta faixa etária prevista no PNI ou de outro público-alvo.

A Semsa ressalta também que, caso tenha tido infecção recente por dengue, é recomendado que a pessoa aguarde seis meses antes de iniciar o esquema vacinal. Se a infecção ocorrer após a primeira dose, deve-se assegurar que a segunda seja aplicada ao menos 30 dias após o início dos sintomas.

Casos

Segundo o último boletim do Painel Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde divulgado no sábado (17), o Amazonas está na nona posição dos estados brasileiros com maior incidência de casos de dengue. A estimativa de casos prováveis é de 5.803 em todo o estado.

Já na capital amazonense, de acordo com o Informe Epidemiológico das Arboviroses, de janeiro até a última segunda-feira (19) foram contabilizados 997 casos confirmados de dengue e notificados outros 5.242 casos suspeitos da doença.

O último boletim da Semsa também confirmou a morte de uma criança de 2 anos por dengue, que aconteceu no dia 25 de dezembro do ano passado, porém só na semana passada foi registrada.

Em 2023, conforme Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP), foram registradas pelo menos 11 mortes por dengue em todo o Estado.

Sintomas

Além dos sintomas comuns como dor de cabeça, dor no corpo, febre, enjoos, vômitos e manchas vermelhas, as pessoas infectadas pela dengue pode também apresentar sonolência, irritabilidade e confusão mental. Dessa forma, é importante ficar atento aos medicamentos indicados para tratar os sintomas da dengue.

Febre Oporuche x dengue

Diante o aumento de casos, a FVS-RCP também conseguiu identificar que no Amazonas há cenário epidemiológico diferente do que ocorre em outros estados, com um maior registro para Febre Oporuche do que para casos de dengue.

De acordo com o boletim do órgão de vigilância, até 15 de fevereiro, foram confirmados, por critério laboratorial, 1.258 casos para Febre Oropouche. Os dados da doença constam no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL).

Prevenção à dengue

A estratégia mais eficaz de prevenção à dengue é evitar que o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, se reproduza. A eliminação de criadouros inclui evitar água parada em pneus velhos, vasos de plantas, garrafas vazias e recipientes plásticos.

Manter quintais e áreas ao redor das casas limpas e livres de entulho também é estratégico para reduzir os locais de reprodução do mosquito.  A FVS-RCP recomenda, ainda, a estratégia de vistoriar semanalmente, em dez minutos, o espaço residencial ou profissional para eliminar criadouros.

(Foto: Reprodução)

Fonte: Lucas Vasconcelos / online@acritica.com