Israel ordena saída de mais de um milhão de habitantes da Faixa de Gaza em 24h
Brasil & Mundo
Publicado em 13/10/2023

Em um comunicado, o Exército israelense convocou a "retirada de todos os civis da Cidade de Gaza de suas casas, para o sul, para sua própria segurança e proteção, e se transferir para a área ao sul de Wadi Gaza".

 

O Exército israelense ordenou a saída imediata de mais de um milhão de habitantes do norte da Faixa de Gaza para o sul, em meio ao seu intenso bombardeio em represália pelos ataques do Hamas, enquanto a ONU pedia o cancelamento da medida e advertia sobre as consequências "devastadoras" da mesma.

 

Em um comunicado, o Exército israelense convocou a "retirada de todos os civis da Cidade de Gaza de suas casas, para o sul, para sua própria segurança e proteção, e se transferir para a área ao sul de Wadi Gaza".

 

Desde o início das hostilidades, em 7 de outubro, na esteira de um sangrento ataque do movimento islâmico palestino Hamas, cerca de 1.200 pessoas morreram em Israel, a maioria civis. Entre os mortos, há pelo menos 258 soldados israelenses, segundo o Exército.

 

Na Faixa de Gaza, os maciços bombardeios israelenses, lançados em resposta, deixaram 1.537 mortos, incluindo muitos civis, segundo as autoridades locais.

 

O grupo islâmico também mantém cerca de 150 reféns na Faixa, dos quais 13, "incluindo estrangeiros", morreram em bombardeios israelenses, disse o braço armado do Hamas nesta sexta.

 

O Exército de Israel convocou "a saída de todos os civis" da Cidade de Gaza, no norte do enclave, para o sul, "para sua própria segurança e proteção", anunciou hoje. Pela manhã, lançou panfletos em árabe dos aviões, instando os moradores a deixarem suas casas "imediatamente".

 

O exército deu um prazo, em princípio, de 24 horas, mas depois admitiu que essa retirada "levará tempo".

 

O Hamas rejeitou imediatamente a ordem.

 

"Nosso povo palestino rejeita a ameaça dos líderes da ocupação (israelense) e seus apelos para que deixem suas casas e fujam para o sul, ou para o Egito", declarou o Hamas em um comunicado.

 

Informada momentos antes da ordem israelense de "realocação" de 1,1 milhão de habitantes, a ONU fez um apelo pela anulação da medida.

 

Uma retirada desse tipo é "impossível sem causar consequências devastadoras", alertou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU.

 

O Ministério palestino da Saúde também observou que era "impossível retirar pacientes vulneráveis dos hospitais no norte de Gaza".

 

(Foto: AFP)

Fonte: AFP

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!