Nova onda de fumaça cobre Manaus, deixando qualidade do ar de 'muito ruim' à 'péssima'
Manaus & Municípios
Publicado em 31/10/2023

Até o domingo (29), Estado registrou 3.779 focos de queimadas apenas em outubro. No mesmo período do ano passado, foram 1.503 focos

 

Outubro está chegando ao fim e Manaus continua enfrentando problemas de poluição do ar devido a fumaça proveniente de incêndios. Nesta segunda-feira (30), a capital amazonense apresentou níveis de qualidade do ar considerados “muito ruins” e “péssimos”, segundo dados de monitoramento do Serviço Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva). 

 

Apesar da queda no número de focos de queimadas no Amazonas no mês de outubro, em comparação ao mês de setembro, a capital amazonense permanece com qualidade do ar prejudicial à saúde. Isso porque os focos de incêndios e queimadas diminuíram neste mês, mas continuam acima do que foi registrado no mesmo período do ano passado. É o que mostram os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). 

 

Até este domingo (29), o estado registrou 3.779 focos de queimadas apenas em outubro. No mesmo período do ano passado, foram 1.503 focos. Até o domingo, o Amazonas tinha 236 focos ativos, a máxima dos últimos 18 dias, cujos registros não chegavam a 100 focos detectados diariamente em todo o estado, período este que também se percebeu uma diminuição na circulação de fumaça pela cidade de Manaus. 

 

Mas, foi no início de setembro que a fumaça começou a invadir a capital amazonense e chamar a atenção da população. No mesmo mês, o estado bateu recorde de focos de queimadas registrados pelos satélites do Inpe, um total de 6.991. Porém, segundo os dados do Inpe, o Amazonas já vinha com uma crescente nos focos de incêndio desde julho (1.947 focos), piorando ainda mais em agosto (5.474 focos). 

 

A partir do dia 11 de outubro – com 20 focos detectados naquele dia - houve uma queda considerável nos focos de incêndio no Amazonas, segundo dados do Inpe. Paralelo a isso, do dia 16 ao dia 25 de outubro, Manaus passou a apresentar qualidade do ar de boa a moderada. No mesmo período, especificamente no dia 16 de outubro, o Amazonas registrou o menor número de focos de queimadas durante todo o mês de outubro (11 focos). 

 

Depois de alguns dias de normalidade na qualidade do ar – muito também pela contribuição das chuvas que foram registradas na região -, na última sexta-feira (27), uma fina camada de fumaça voltou a encobrir a capital amazonense. E nesta segunda-feira (30), uma densa camada de fumaça voltou a encobrir a cidade, afetando a qualidade do ar em toda as zonas da cidade. 

 

No entanto, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) informou que Manaus não registra nenhum foco de queimada desde a sexta-feira. A Prefeitura voltou a ressaltar que a fumaça que a encobre a cidade tem origem nos municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM), de acordo com dados do programa Queimadas do Inpe.

 

Ainda segundo a Semmas, foram registrados 243 focos de queimadas em todo o Amazonas. Os municípios da RMM que mais tiveram registros de queimadas foram: Presidente Figueiredo (17), Autazes (14), Careiro da Várzea (13), Careiro (12), Itacoatiara (10) e Rio Preto da Eva (2). Esse levantamento foi feito baseado nos dados colhidos neste domingo e segunda-feira, 29 e 30/10, até as 17h30, ressaltou a secretaria.

 

Ou seja, Manaus encerra mais um mês com uma qualidade do ar que permanece prejudicial em várias áreas da capital. A densa camada de fumaça que invadiu a cidade em meados de setembro “insiste em ficar”, e além de prejudicar a saúde da população há meses, também afeta a vida cotidiana da cidade em vários aspectos.

 

(Foto: Junio Matos)

Fonte: Amariles Gama / online@acritica.com

 

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