Projeto, desenvolvido pela concessionária Águas de Manaus, prevê plano para expansão de esgotamento sanitário em toda a capital
Até 2033, Manaus terá 90% da cidade com esgoto tratado. Isto é o que prevê o plano de expansão de esgotamento sanitário lançado nesta terça-feira (23) pela Águas de Manaus. Com um investimento de R$ 2 bilhões, o programa batizado de ‘Trata Bem Manaus’ pretende garantir a universalização do serviço na cidade.
De acordo com o diretor-presidente da Águas de Manaus, Diego Dal Magro, o programa é fruto de um estudo realizado nos últimos dois anos, que identificou a implementação de microbacias como a solução para tornar o tratamento do esgoto possível em Manaus.
O plano prevê a implementação de mais de 2,7 milhões de metros de redes coletoras nos próximos anos. Segundo a concessionária, o programa também contempla a construção e implantação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e Estações Elevatórias de Esgoto (EEEs) espalhadas por todas as zonas da cidade.
“Nesses dois anos estudamos todas as características da cidade, cada microbacia, que são pontos em cada igarapé da cidade, e a gente dividiu a cidade em 166 localidades para levar estruturas independentes para cada uma delas. Esse estudo foi avaliando a capacidade do corpo hídrico, condições de ruas, casas, quantidades de pessoas, para dar a solução de infraestrutura necessária para isso”, destacou Dal Magro.
O programa Trata Bem Manaus será executado em três etapas. Na primeira, que irá até 2027, a capital deve chegar ao dobro da atual cobertura de esgoto, com 60% de alcance. A estimativa, segundo a concessionária, é que aproximadamente 940 mil pessoas sejam beneficiadas no período.
Na segunda etapa, de 2028 a 2033, o plano prevê que a infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto esteja em 90% da cidade, índice em que o serviço é considerado universalizado. Neste período, serão mais 504 mil pessoas beneficiadas, segundo a concessionária.
Já a terceira etapa será realizada entre 2033 e 2045. Nesta última etapa, a Águas de Manaus pretende garantir a manutenção da universalização do serviço, acompanhando o ritmo de crescimento vegetativo da cidade.
O cronograma de atividades será fiscalizado pela Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman). Segundo o presidente da Ageman, Elson Andrade, as equipes estarão diariamente nas ruas para identificar as obras que serão realizadas.
“O sistema de microbacias proporciona uma agilidade nas obras, e a Ageman frequentemente e diuturnamente estará fiscalizando para garantir que essas metas, essas obras, até o final do ano, sejam atingidas”, destacou Andrade.
Até 2023, Manaus tinha 30% de cobertura de esgoto tratado. Já para este ano, o plano de expansão pretende aumentar esse índice para 38%, chegando a 46% de cobertura em 2025 e 52% até 2026. Para isso, nos próximos anos, serão implementadas 166 microbacias, e partir dessa metodologia de microbacias, as ETEs devem ser instaladas em toda a cidade.
(Foto: Paulo Bindá)
Fonte: Amariles Gama / online@acritica.com
