Segundo o Serviço Geológico do Brasil, o rio Negro atingiu a cota de 22 metros 54 centímetros, dois metros a menos em comparação com a mesma data do ano passado
O Serviço Geológico do Brasil - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB-CPRM) avaliou nesta quarta-feira (6) como baixa a probabilidade de uma grande cheia em Manaus neste ano, de acordo com a análise do órgão diante dos registros das subidas diárias e prognósticos climáticos para o período. O rio Negro atingiu a cota de 22 metros 54 centímetros, dois metros a menos em comparação com a mesma data do ano passado.
A pesquisadora em geociência do SGB – CPRM, Jussara Cury, detalhou que as bacias monitoradas pelo órgão mostram níveis considerados normais para os rios Solimões e Negro. “Níveis considerados normais para os rios Solimões e Negro. Um pouco abaixo da normalidade no rio Amazonas e Madeira (Humaitá), mas em processo de recuperação. Níveis baixos na bacia do rio Branco em Roraima, com cotas muito baixas em Boa Vista”.
O município de Boca do Acre (distante 1.028 quilômetros em linha reta de Manaus) está em situação de alerta desde o início deste mês, em virtude da cheia do rio Acre, que já ultrapassou a cota de inundação e nesta quarta-feira (6) atingiu a marca de 17 metros e 89 centímetros, e já figura como a segunda maior cheia histórica do Acre. A primeira foi registrada no ano de 2015, onde o rio atingiu 18 metros e 40 centímetros.
Boca do Acre está localizada na confluência entre os rios Acre e Purus. Questionada se o reflexo da subida das águas naquela localidade influenciam no rio Amazonas, Cury explicou que a tendência de subida das águas é menor. Ela explicou ainda que “as chuvas tem ocorrido com índices acima do normal na porção sudoeste da bacia contemplando os estados do Acre e Rondônia”.
“No Acre pela proximidade da região de cabeceira a resposta da bacia ocorre mais rápido e devido a intensidade das precipitações, a subida do rio Acre tem sido acentuada. Estas elevações podem chegar ao AM com os rios que recebem contribuições desta bacia, como é o caso do Purus, mas há uma tendência a subidas menores do rio Amazonas”, detalhou Cury.
(Foto: Arquivo/A CRÍTICA)
Fonte: Robson Adriano / online@acritica.com