Caprichoso e Garantido descartam possibilidade do item Cunhã-Poranga não concorrer no festival
Arte & Cultura
Publicado em 01/05/2024

Em reunião desta terça-feira (30), os presidentes dos dois bumbás confirmaram que Isabelle Nogueira e Marciele Albuquerque defenderão o item no Bumbódromo e serão avaliadas pelos jurados no Festival de Parintins

 

Parintins - Os presidentes dos bois Garantido e Caprichoso, Fred Góes e Rossy Amoedo, respectivamente, classificaram como especulação a possibilidade das Cunhãs-Poranga ficarem fora da disputa do Festival Folclórico de Parintins, e afirmaram que Marciele Albuquerque e Isabelle Nogueira entrarão na arena e serão avaliadas pelos jurados. Os dois gestores estiveram reunidos na tarde desta terça-feira (29) no Bumbódromo.

 

“Nós entendemos que a disputa tem que existir. Faz parte do processo. Acredito muito na importância de quanto a Isabelle foi uma pessoa que nos representou. Essa é a disputa que ela quer participar e não se pode tirar isso. E do nosso lado temos a Marciele que está se preparando ao longo dos meses. E tranquilizar a todos do boi Caprichoso que haverá disputa sim”, disse Amoedo.

 

Fred afirmou que a cunhã-poranga, Isabelle Nogueira, também entra na arena para a disputa. “Pelo Garantido também. Veja bem, não pode pressupor uma desvantagem em uma disputa. É muito complicado ficar nessa história. O que conta é que tem de ser igual para os dois. É um regulamento que tem que se respeitar. Os itens estão ai, estão posto e não vamos criar polêmica agora”, disse Góes.

 

Os dois gestores enfatizaram que o Item 9 entrará na arena para evoluir e serão avaliadas pela comissão de jurados como todos os anos. “Sim, claro. Não tem por que não”, disse Fred Góes. “O nosso compromisso tanto meu quanto do presidente Fred vemos mantendo com as adversidades, é deixar os bois fora de qualquer escândalo, pensando em um grande espetáculo. Para isso precisamos da ajuda de todos”, complementou Rossy.

 

Questionados se surgiu a possibilidade do Item 9 não concorrer esse ano, os dois presidentes negaram. “Formalmente nada”, disse Amoedo. “Não. É uma especulação. Todo mundo quer ser membro de alguma coisa. O boi não é feito de fora para dentro, mas sim de dentro para fora. Existe uma comissão e um conselho para dá esse direcionamento”, disse Fred.

 

Amo do Boi

Fred e Rossy redigiram a clausula de proibições aplicadas ao Amo do Boi. Segundo Rossy, houve uma falha na redação do texto que agora foi corrigida. “A palavra ‘provocação’ teria uma continuidade, que não foi colocada. De que tipo de provocações. ‘Ofensa’ e ‘provocação’ acabou se moldando sem a justificativa e quais tipos de provocações. Ao longo dos anos o nosso regulamento foi omisso a essas questões de ofensa”, pontuou.

 

Amoedo explicou que o artigo visa assegurar a integridade dos participantes do boi. “Já teve homofobia e racismo dentro do Bumbódromo. Hoje com essa responsabilidade que nós pensamos que os bois precisam está de mãos juntos pensando no crescimento e engrandecimento do festival”, disse. Na prática, a palavra “provocação” continua no documento, mas foi inserido os tipos que serão penalizados.

 

“Não pode provocar com ofensas. O espetáculo é grandioso demais que representa uma cultura parintinense e temos que ter esses cuidados. É para estancar essas especulações. Rossy e eu jamais discutimos essa possibilidade de não haver provocação. Mas, provocar com inteligência, à nível de brincadeira do boi. Desafio é um processo de inteligência, feita dentro dos limites do respeito humano”, finalizou Fred Góes.

 

(Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)

Por: Robson Adriano / online@acritica.com

 

 

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