Sanduíches para agradar azulados e encarnados
Arte & Cultura
Publicado em 20/05/2024

Bar no Centro de Manaus tem sanduíches, drinks (com e sem álcool) e baldes de bebidas inspirados nos bois de Parintins

 

O empreendedor Diogo Vasconcelos aproveitou a proximidade do 57º Festival Folclórico de Parintins para inovar no cardápio do bar e restaurante do qual é dono, no centro de Manaus. Nesta semana ele inaugurou os combos Garantido e Caprichoso. São sanduíches, drinks (com e sem álcool) e baldes de bebidas inspirados nos bois que se enfrentam na arena da ilha tupinambarana. Os pratos têm suas características próprias, com as cores e as bandeiras dos bumbás, tudo para competir pela preferência dos consumidores

 

“O do Caprichoso é um hambúrguer bovino com, bastante molho e picles, é acompanhado por batata frita enquanto que o do Garantindo a gente decidiu colocar o peixe como proteína e o acompanhamento é chips de macaxeira” explicou Diogo.

 

As cores e referências não se limitam aos sanduíches. As bebidas também ganharam um toque azul ou vermelho. No caso do atual bicampeão do festival, o drink é feito com água gaseificada, gin e curaçau Blue (pra dar o toque azulado). Já o representante do boi de Lindolfo Monteverde tem quase a mesma receita, com a diferença do ingrediente especial: o morango.

 

Foi a primeira vez que o empreendedor incorporou o festival aos serviços do estabelecimento que ainda é novo na capital do Amazonas, funciona a cerca de 6 meses. Diogo defende que ainda é cedo pra dizer qual dos combos é o mais pedido, mas comemora o fato da competição saudável impulsionar as vendas. Além dos itens autorais, o bar e restaurante também foi um dos escolhidos por uma das patrocinadoras do evento para vender as cervejas com as latas promocionais de Garantido e Caprichoso.

 

Economia Criativa

O caso do Diogo é um exemplo de como a economia criativa ganha força através da maior festa cultural do Norte. O empresário não viu apenas as vendas aumentarem, mas percebeu que isso ocorreu pela alta demanda dos clientes por produtos que correspondem à cultura local; para ele o impacto da estratégia não foi apenas econômico, mas social em incentivar tradições. Inspirado por essa ideia, ele decidiu abrir uma feira criativa que ocorre aos domingos no estabelecimento.

 

“Ela transcende o cultural quando promove resultados econômicos. A gente veio de uma grande seca, estamos em processo de recuperação e alcançamos tudo através desse carinho pelo regional, pela identidade daqui do Amazonas” disse o empresário.

 

O movimento econômico que o Festival de Parintins provoca abre portas para muitos que encontram na criatividade o diferencial para se destacar no mercado. Foi assim com a dona de casa Vânia Rodrigues, ela tem um pequeno ateliê de costura na Zona Sul de Manaus onde faz ajustes para vizinhos e familiares há cerca de 5 anos. Apesar de cobrar pelo serviço ela nunca antes tentou transformar o ofício em uma fonte de renda para a família composta pelo marido e uma filha; pelo menos até agora.

 

No início do ano ela, que é natural de Parintins, resolveu atender aos pedidos de familiares e começou a fabricar acessórios como ecobags e prochetes para vender, com o irmão Pedro Martins, que pinta à mão todas as artes que estampam as criações da irmã.

 

Artigo sobre Cidade Criativa

A doutora em desenvolvimento regional, Michele Aracaty, escreveu um artigo sobre como a “Cidade Criativa” se manifesta em Parintins. Segundo a publicação, as cidades tem por definição o uso da inovação, da cultura e da criatividade para promover o crescimento não penas social, mas estrutural.

 

(Foto: Daniel Brandão/A Crítica)

Por: Lucas Motta / online@acritica.com

 

Comentários
Comentário enviado com sucesso!