A noite foi marcada por tecnologia nas alegorias com luzes de led, projeções holográficas no chão da arena, assim como nas alegoria. O boi da Francesa apresentou a reedição do Ritual da Vida (1998)
Parintins (AM) - “Rito de Cura da Terra: Awa Guajá” fechou a terceira noite de apresentação do boi Caprichoso na madrugada desta segunda-feira (1º), e encerrou o 57º Festival Folclórico de Parintins. A noite foi marcada por tecnologia nas alegorias com luzes de led, projeções holográficas no chão da arena, assim como nas alegoria. O boi da Francesa apresentou a reedição do Ritual da Vida (1998).
O boi Caprichoso busca o tricampeonato em 2024 (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Angela Mendes, filha do seringueiro, sindicalista e ativista político, Chico Mendes, ao lado de José Tupinambá entraram na arena com o relógio do clima que marcava 5 anos, 21 dias, e 11h59. “Em cinco anos se a gente não cuidar da nossa terra, pachamama, ela vai aquecer um grau e meio. A gente pode cuidar dela, salvar nossa terra, salvar nossas vidas. E adiar o final do mundo. Demarcação já”, disse Tupinambá.
O pajé Erick Beltrão cantou a toada Unankiê: um lamento amazônico (1994) para convocar os povos originários a dançar. A reedição do Ritual da Vida contou com uma imensa tarântula que desceu do céu e em uma teia pegou indígenas para completar o rito. Patrick Araújo, levantador de toadas, defendeu no item Toada Letra a Música, a toada Amazônia, nossa luta em poesia (2022), composição de Adriano Aguiar e Ronaldo Barbosa Jr.
O levantador de toadas do boi Caprichoso, Patrick Araújo (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)
Edmundo Oran, apresentador, surgiu como velho sacaca na Figura Típica Regiona “Sacacas, curadores/as da floresta” do artista Makoy Cardoso, 46 anos. A rainha do folclore, Cleise Cimas, surgiu dos altos de dentro de uma alegoria representando o espírito dos velhos sacacas. Em outro momento, a sinhazinha da fazenda, Valentina Cid, bailou ao som da toada Estrela Angelical (2018).
A sinhazinha da fazenda do boi Caprichoso, Valentina Cid, evolui na arena do Bumbódromo (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Alegoria final do Boi Caprichoso, no ritual (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Por: Robson Adriano / online@acritica.com