Especialista dá dicas de como lidar com o estresse do seu cachorro
O estresse é algo que não afeta somente a nós, humanos. Os nossos cãezinhos também estão sujeitos a essas alterações drásticas de humor. Por isso, é importante estar atento a alguns sinais que o pet pode vir a demonstrar ao longo do dia. Quem faz o alerta é a médica veterinária Sabrina Cristina dos Santos Ramos (@vetsabrinaramos).
De acordo com a profissional, os cachorros precisam ter uma rotina de passeios e outras atividades para gastar energia - algo que também estimule o aprendizado.
"Com a falta de atividades, eles começam a ter alguns tipos de comportamentos, como roer objetos e móveis da casa. Podem apresentar desânimo, ansiedade, agressividade, automutilação, alterações no sono, latidos excessivos e queda de pêlos. Esses são apenas alguns sinais que podemos identificar que o cão está estressado. Caso observe alguns desses sinais, procure seu médico veterinário de confiança", frisou.
Muitos pets já têm a sua rotina pré-definida: eles sabem a hora que o tutor sai e chega em casa, de comer, passear e brincar, entre outros pontos. Quando algo fora dessa rotina acontece por um período prolongado, momentos de estresse e ansiedade podem ser desencadeados.
"Mudança de ambiente, chegada de novos membros na família e novas atividades são algumas possibilidades que acarretam estresse e, às vezes, muitos cães precisam de acompanhamento com profissionais, como o médico veterinário e um adestrador para ajudar na socialização", acrescentou Sabrina.
Linguagem corporal
Gestos e posturas do pet podem ajudar o tutor a identificar o estresse. Alguns sinais são: automutilação, roer objetos e móveis da casa, sinais de tristeza, inquietação, latidos em excesso, lambeduras psicogênicas, marcação de território e falta de apetite.
"Para ajudar um cachorro que está passando por um momento de estresse, pode-se aumentar a quantidade de passeios, enriquecimento ambiental com brinquedos interativos, petiscos naturais para se entreterem e outras atividades que estimulem a atenção do cão", indicou a médica veterinária.
Atividades
Atividades físicas e mentais são importantes aliadas no combate ao estresse do pet. "Os exercícios físicos ajudam a liberar energia acumulada e a promover o bem-estar. Já as atividades mentais, como alguns jogos e brincadeiras interativas, estimulam a mente do cão e o ajudam a reduzir a ansiedade. Além disso, essas atividades ajudam a fortalecer o vínculo entre o cão e o tutor", pontuou Sabrina.
O ambiente doméstico também pode ser adaptado para reduzir o estresse do cachorro. "O que pode ser feito é criar um ambiente tranquilo e seguro que o cão possa se refugiar, como um cantinho que ele mais gosta de ficar. Manter uma rotina regular, estimulação com brinquedos mastigáveis e atividades para reduzir o tédio, uso de aromaterapia com óleos essenciais adequados para diminuir estresse e ansiedade. Essas adaptações podem fazer grande diferença na qualidade de vida do cão".
(Foto: Divulgação)
Por: Gabriel Machado / online@acritica.com.br