Após dez anos, Guerreiros Mura conquista o título do 26º Festival Folclórico de Manacapuru
Arte & Cultura
Publicado em 03/09/2024

Com o tema “Sob o Véu de Iacy”, a ciranda apresentou neste domingo (1º) uma imersão noturna dentro da floresta Amazônica e conquistou 279,5 pontos

 

O Grêmio Recreativo Folclórico (GRF) Ciranda Guerreiros Mura conquistou nesta segunda-feira (2) o título campeão do 26º Festival Folclórico de Manacapuru, com 279,5 pontos, após um hiato de dez anos sem levar o troféu para o bairro da Liberdade, situado naquele município (distante 36 quilômetros em linha reta de Manaus).

 

Com o tema “Sob o Véu de Iacy”, a ciranda apresentou neste domingo (1º) uma imersão noturna dentro da floresta Amazônica. Figuras do lendário amazônico foram os protetores florestais contra o caçador.

 

“A gente devia isso para toda essa nação, com trabalho e esforço de todo mundo. Inclusive, o presidente Renato Teles está de parabéns. Estão de parabéns todos os nossos cirandeiros, costureiras, pessoal de galpão, produtores, artistas, técnico, empurradores de carros, nossa grande Raça Mura. Todos de parabéns, as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para que esse título viesse de forma tão importante. A gente voltou para o lugar que nunca devíamos ter saído”, declarou Lurdem Cley Monteiro, diretor geral da Guerreiros Mura.

 

Guerreira Raça Mura, Anne Santana. Ela também é finalista do concurso Rainha do Peladão (Foto: Divulgação/Secom)

 

Esse é o 15º título da Guerreiros Mura. No ano passado, com o tema “Urihi – Terra Floresta” amargou o terceiro lugar. A apresentação começou com a figura do caçador sendo levado para debaixo das águas, morada dos encantados.

 

No fundo do rio ele presencia o surgimento dos protetores da floresta. O cordão de cirandeiros, com 20 pares, representaram os filhos de Anhangá – figura da cosmovisão dos povos indígenas como espírito poderoso que protege as matas, rios e animais selvagens –.

 

“Quero parabenizar o nosso presidente Renato Teles, sem ele não conseguiria fazer nada. Parabenizar a nossa comissão de criação e arte que fez um belíssimo trabalho na criação do nosso tema e na elaboração do projeto de arena. Todos os nossos artistas e colaboradores. E ao meu grande amigo, Lurdem Cley, que esse ano foi um professor. E tenho certeza que daqui para frente a Guerreiros Mura só vai brigar pelo título como ela (a ciranda) merece”, declarou o cirandista da Guerreiros Mura, Leon Medeiros.

 

Porta-cores, Sabrina Salles (Foto: Divulgação/Secom)

 

O último título conquistado pela Guerreiros Mura foi no ano de 2014 com o tema “Bravos Índios Mura: Das Lutas à Vitória, a Consagração dos Guerreiros Cirandeiros”. Em 2016, houve um empate entre a Guerreiros Mura com as demais cirandas concorrentes do festival, as cirandas Tradicional, do bairro Terra Preta, e a Flor Matizada, do bairro Centro. Em 2023, a ciranda Tradicional levou o título de bicampeã com o tema “O Eldorado Encantado”.

 

Apuração e resultados

A apuração começou por volta das 14h, no Parque do Ingá, localizado no bairro de Aparecida, naquele município e foi conduzida pelo presidente da comissão julgadora, Beto Brandão, 41 anos, integrante há 22 anos da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio De Janeiro (Liesa-RJ).

 

(Foto: Divulgação/Secom)

 

As cirandas Flor Matizada e Tradicional foram impugnadas com a perca de um ponto cada agremiação por descumprimento de normas do regulamento. Ao fim da apuração a ciranda Flor Matizada ficou em segundo lugar com 278,7 e a ciranda Tradicional em terceiro, com 278 pontos.

 

(Foto: Divulgação/Secom)

Por: Robson Adriano / online@acritica.com

 

 

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