Rio Negro subiu 76 cm em quatro dias
Turismo & Meio Ambiente
Publicado em 19/11/2024

A última vez que o rio desceu foi em 4 de novembro

 

O Rio Negro subiu 19 cm nesta segunda-feira (18/11), marcando o mesmo nível de subida pelo quarto dia consecutivo. De acordo com os registros do Porto de Manaus, a estiagem teve seu último ponto negativo marcado no dia 4 de novembro. Em 14 dias de subida, o Rio Negro já atingiu 1,74 m a mais.

 

Conforme o Porto, no dia 5 de novembro não houve mais descida dos rios, que registrou 1 cm positivo e, desde então, o Rio Negro vem escalando uma subida progressiva, estando no seu 14º dia consecutivo de subidas.

 

Expectativa de melhora na indústria e comércio

O período de cheia já representa um cenário positivo para a indústria e o comércio. O superintendente da Zona Franca de Manaus (ZFM), Bosco Saraiva, analisou os números como positivos para as atividades industriais.

 

“A subida das águas transmite para o povo em geral a normalidade com relação à navegação, e isso, de forma indireta, afeta positivamente o Polo Industrial, considerando que as medidas tomadas pelas empresas para abastecerem seus estoques de insumos e, com isso, diminuírem os impactos da seca, foram suficientes para manter a normalidade da produção na ZFM”, afirmou.

 

A subida dos rios também é observada no setor de vendas, que, segundo o presidente da Federação do Comércio no Amazonas (Fecomércio-AM), é oportunidade de restabelecer a normalidade comercial.

 

“A subida dos rios nos tranquiliza, nos dá uma sensação de que nós vamos ter um período menor de estiagem e que a navegação, dentro de mais um mês, dois meses, no máximo, ela estará restabelecida e tudo voltará ao normal”, disse Frota.

 

O presidente da Fecomércio ressaltou que a estiagem alterou os preços, por precisar de maior programação para o funcionamento das atividades que dependem do escoamento de mercadoria nos rios.

 

“Então, a minha expectativa é que, mesmo com as dificuldades, nós estamos apontando para um crescimento das vendas do comércio, porque todo mundo se planejou, todo mundo fugiu dos custos elevados que nos atingiram no ano passado e isso favoreceu o próprio abastecimento da população e, naturalmente, um planejamento melhor dos produtos que o comércio realmente teria que oferecer à população”, destacou.

 

Foto: (Paulo Bindá/A Crítica)

Por: Emile de Souza / online@acritica.com

 

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