Há uma lista extensa de explicações e outra de justificativa para o reajuste dos preços dos produtos e a escassez de alguns deles
Se os preços dos alimentos assustam em outras capitais, em Manaus se aproxima de pesadelo para os consumidores. Os preços estão nas alturas e mesmo os valores de itens em promoção, frequentemente aqueles com data de validade muito próxima de vencer, não oferecem vantagem à clientela.
Há uma lista extensa de explicações e outra de justificativa para o reajuste dos preços dos produtos e a escassez de alguns deles. Falta a ação do governo e dos empresários em direção aos consumidores sobre como lidar com essa realidade sem ignorar a responsabilidade da sociedade na vigilância.
Reuniões do governo federal com representantes dos setores de alimentos indicaram algumas saídas embora até agora centros de venda como os supermercados estejam agindo mais para reajustar os valores cobrados. Populações habitantes de cidades com as características da capital amazonense pagam bem mais alto para nelas viverem e os salários e ou rendimentos não correspondem ao elevado custo de vida.
É necessário que o serviço de proteção ao consumidor pesquise e ofereça informações tanto do movimento de reajuste de preços dos alimentos e dos produtos de higiene quanto na indicação de onde encontrar os itens da cesta básica em valores menos extorsivos.
A ação poderá representar possibilidade de assegurar alimentos na mesa de milhares de famílias hoje em dificuldade aguda na responsabilidade de garantir três alimentações às pessoas dependentes entro da unidade habitacional. A carência alimentar esta presente e ameaça se constituir em fome em alguns lares.
A demora na tomada de decisão governamental e no efeito dessa decisão na ponta – que seria ter produtos com preços baixos - e o lucro do setor de supermercados, por exemplo, mostra como em crises agudas existem segmentos beneficiados. Estes irão passar pela crise de outro modo e até poderão apresentar resultados positivos.
O mais grave é que a elevação dos preços está, hoje, vinculada a um movimento político eleitoral com elementos entre outros visando o enfraquecendo do atual governo federal, a dependência profunda às decisões do Congresso Nacional e as eleições nacionais de 2026. A guinada radical nessa direção atinge a população e agrava ainda mais o empobrecimento de milhares de famílias e a desigualdade. Nesse ambiente, a maioria da sociedade é a mais prejudicada e os em situação de vulnerabilidade econômica estão sendo empurrados ao desespero, à condição de pedinte.
(Foto: Agência Brasil)
Fonte: acritica.com
