Serafim afirma que empresas instaladas no AM ganham competitividade com tarifaço de Trump
Publicado em 08/04/2025 08:00
Economia

Nota técnica da Sedecti afirma que empresas globais podem optar em exportar para os EUA através da Zona Franca de Manaus

 

O secretário Serafim Corrêa afirmou que a Zona Franca de Manaus (ZFM) e o país em si podem se beneficiar com a guerra de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora os produtos importados do Brasil tenham sido sobretaxados em 10%, outros países como a China e outros países próximos receberam uma taxa de 34%. Com isso, empresas asiáticas instaladas na região podem optar por exportar para os EUA através da ZFM.

 

“Nós temos uma relação comercial com os Estados Unidos em que nós vendemos para eles 100 milhões de dólares e compramos deles 1,5 bilhão de dólares. Portanto, temos um déficit de 1,4 bilhão. Ora, tem um campo imenso para a Zona Franca de Manaus agredir, no bom sentido, o mercado americano e, por certo, isso vai acontecer exatamente com as empresas asiáticas que estão na ZFM”, disse.

 

Uma nota técnica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), chefiada por Serafim, destaca que o ataque tarifário de Trump aos países asiáticos tem potencial para aumentar a competitividade das exportações da Zona Franca de Manaus, bem como a diversificação da produção e a geração de emprego e renda.

 

Um dos pontos destaca que empresas globais – especialmente dos setores eletroeletrônicos, motocicletas e componentes técnicos – devem utilizar o polo industrial como um atalho para o mercado americano. Nisso, o Brasil pode se beneficiar com a substituição de produtos asiáticos, aumento de investimentos estrangeiros e expansão da infraestrutura e logística para atender a demanda externa.

 

A nota técnica aponta, no entanto, riscos para essa iniciativa. Dentre eles estão os altos custos logísticos, tributários e burocráticos que podem reduzir a competitividade, além da necessidade se investir em qualificação de mão de obra. A Sedecti também afirma que poderia haver uma reação da China que impactasse as exportações brasileiras. A nota foi feita antes do país anunciar a sobretaxa de 34% aos produtos americanos, o que levou as bolsas mundiais a uma queda considerável.

 

(Foto: Junio Matos / A Crítica)

Por: Lucas dos Santos

 

 

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