E a expectativa é que a tendência de crescimento se mantenha, já que Manaus continua atraindo investimentos de grandes players, como a Hero MotoCorp, maior fabricante do mundo em volume de motocicletas
Mesmo com a economia brasileira dando sinais cambaleantes, com a inflação em alta e com as incertezas diante da recessão iminente nos Estados Unidos – isso sem falar nos conflitos armados mundo afora – a Zona Franca de Manaus segue firme e forte. A pujança do modelo econômico amazonense é atestada pelos resultados obtidos no primeiro trimestre deste ano: faturamento superando alta de 15%, o maior dos últimos anos; e recorde na geração de empregos – já são mais de 128 mil trabalhadores empregados, direta e indiretamente, nas fábricas do Polo Industrial de Manaus.
E a expectativa é que a tendência de crescimento se mantenha, já que Manaus continua atraindo investimentos de grandes players, como a Hero MotoCorp, maior fabricante do mundo em volume de motocicletas. A cada reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) e do Conselho de Administração da Suframa (CAS), mais investimentos são anunciados, com abertura de mais empregos e expectativa de mais faturamento para o polo amazonense.
É evidente que o modelo de desenvolvimento local que acaba de completar 58 anos tem suas limitações e problemas, mas é inegável sua relevância para a própria sobrevivência econômica do Amazonas. Como já foi demonstrado em diversos trabalhos acadêmicos, a renúncia fiscal dos governos federal e estadual retorna em empregos e investimentos, o que proporciona mais arrecadação para os cofres públicos.
Muito se discute a respeito da necessidade de diversificar a base industrial, aproveitando matérias-primas regionais, de modo a tornar a indústria local menos dependente do capital estrangeiro aportado pelas multinacionais. E esse é um caminho possível que precisa sair do campo das possibilidades e começar a se materializar, até porque a vigência dos incentivos não é eterna, tem data para terminar. O ano de 2073 pode parecer distante; mas é o tempo que temos para transformar nossa indústria em algo que não dependa de incentivos, pois utilizaria insumos obtidos aqui mesmo na Amazônia e contaria com mão de obra qualificada na própria região. Precisamos começar a caminhar nessa direção.
(Foto: Agência Brasil)
Fonte: acritica.com