Instalada no Parque do Mindu, nova unidade faz parte de uma rede que vai reunir dados em tempo real sobre o clima, ajudando na prevenção de desastres e no planejamento urbano da capital
A terceira Estação Meteorológica de Manaus foi inaugurada na manhã desta quarta-feira (21), no Parque Municipal do Mindu, no bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul. A iniciativa faz parte do Plano Municipal de Mudanças Climáticas e tem como objetivo ampliar o monitoramento ambiental e fortalecer a resposta da capital a eventos extremos.
O projeto integra uma rede de nove estações previstas para pontos estratégicos da cidade. As duas primeiras já estão em funcionamento na zona Norte e na zona Oeste e outras duas devem ser entregues já na próxima semana, aumentando para cinco o número de unidades em operação.
De acordo com a Prefeitura de Manaus, a meta é que todas as nove estações estejam instaladas até o final de junho. Os locais foram definidos com base em critérios técnicos que consideram a vulnerabilidade climática e a necessidade de cobertura regional.
Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito de Manaus destacou a importância da tecnologia para a antecipação de ações frente a eventos climáticos.
“Essas estações não fazem previsão do tempo, mas medem nove variáveis simultâneas como temperatura, intensidade da chuva, vento e umidade. Com esses dados em tempo real, poderemos agir antes de sermos acionados pela população e melhorando o trabalho da Defesa Civil”, afirmou.
Segundo o prefeito, os dados coletados serão acessíveis à população por meio do site do CCC.
“Vamos saber, por exemplo, onde está chovendo mais ou onde há maior risco de alagamentos, permitindo que a prefeitura aja com rapidez e precisão”, completou.
Além do monitoramento climático, as estações também realizam leituras sismológicas, que poderão subsidiar decisões sobre empreendimentos e ocupações urbanas. Ao final da instalação das nove unidades, Manaus contará com uma base de dados climáticos inédita, o que permitirá planejamento urbano mais eficaz e ações preventivas em áreas de risco.
O prefeito também reforçou que a coleta de dados será integrada ao trabalho de mapeamento de riscos geológicos e hidrológicos e à conscientização ambiental.
“A tecnologia sozinha não resolve. Precisamos da colaboração da população. Mas agora teremos informação e estrutura para agir antes que o problema aconteça”, concluiu.
(Foto: Divulgação)
Por: Jeysy Xavier