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Editorial AC: O Brics e a mão de ferro do governo Trump
Publicado em 09/09/2025 10:10
Brasil & Mundo

Os posicionamentos dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, sobre as decisões tomadas até aqui pelo governo de Donaldo Trump, expõe uma direção inicial de como o Brics pretende enfrentar as sanções estadunidenses

 

Os posicionamentos dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da China, Xi Jinping, sobre as decisões tomadas até aqui pelo governo de Donaldo Trump, expõe uma direção inicial de como o Brics pretende enfrentar as sanções estadunidenses. Demonstra que apesar do poderio dos EUA, o bloco formado por 11 países (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia) pretende seguir na direção de confirmar as ações multilaterais.

 

De acordo com o presidente brasileiro, o Brics responde atualmente por 26% do comercio internacional, representa 40% do Produto Interno Bruto global e envolve os interesses de 50% da população do planeta terra. Essa dimensão que poderá vir ser maior com a entrada de outros países ao bloco é um dos dados que incomoda e preocupa em especial o governo norte-americano em busca, atropeladora, de manter a hegemonia econômica e política sobre os demais países reafirmando a bipolaridade ou a centralidade dos EUA sobre as nações do mundo.

 

A reunião dos representantes do Brics, aconteceu na segunda-feira (8), por meio virtual, sob a presidência do governo do Brasil. Entre as questões tratadas, a do imobilismo das agências internacionais, criadas em momento cruciais vividos pela humanidade como mecanismo capaz de enfrentar e oferecer respostas avançadas e que seriam respeitadas pelo conjunto dos paísesmembros, foi um dos destaques. A pressão por mudanças nos estatutos dessas organizações, como a do Comércio (OMC), das Nações Unidas (ONU), é cada vez maior por parte dos demais países e afetam, diretamente, a condição de controle a que essas instâncias foram submetidas pelo governo dos EUA.

 

A criação do Conselho de Mudança do Clima no âmbito da ONU é outra proposta, apresentada pelo presidente Lula aos demais membros do bloco. Para o mundo, e, em particular, ao Brasil e a Amazônia, o conselho é visto como relevante.

 

Os dirigentes dos países do bloco tentam saídas ao tarifaço de Trump ora aguardando que o presidente norte-americano recue ora identificando outros mercados, um processo positivo, mas demorado. Ao mesmo tempo, o Brics, diante da conjuntura global, decide quais iniciativas possíveis podem ser tomadas pelo bloco, e demarca posição na questão de presença militar dos EUA no mar do Caribe sob pretexto de combater o narcotráfico. Para o presidente brasileiro o que se apresenta é uma conduta determinada a produzir instabilidade na região. 

 

(Foto: Divulgação)

Fonte: acritica.com

 

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