Para os que estão doentes, o recurso é garantir tratamento que possa recupera-los, o que significa adotar em nível local (nas cidades) uma série de medidas emergenciais
O pós-carnaval deixa saldo inicial de mais de 500 mil casos de dengue e 75 mortes. De acordo com estimativa do Ministério da Saúde, o ano de 2024 deverá confirmar número recorde da doença. Iniciativas governamentais estão sendo adotadas, agora diante dos adoecimentos que estão sendo revelados nos centros de atendimento médico.
As festas carnavalescas deverão ser esticadas até sábado embora com menor contingente de pessoas concentradas em um mesmo ambiente. Em algumas cidades, as quadras de escolas de samba e os espaços tradicionais de despedidas do carnaval são alguns dos espaços que continuaram concentrando, bem como as arquibancadas que voltam a receber público para os desfiles das escolas melhores classificadas que integram o desfile das campeãs.
Para os que estão doentes, o recurso é garantir tratamento que possa recupera-los, o que significa adotar em nível local (nas cidades) uma série de medidas emergenciais. Aliás, por tudo o que foi noticiado, a estrutura para lidar como a explosão de casos de dengue, sem ignorar as outras doenças (Covid, as síndromes respiratórias, Zika, Oropouche) também alastradas, já deveriam ter sido instalada principalmente nos municípios que estão no mapa de ocorrências há alguns meses listados por pesquisadores da área, os centros de vigilância sanitária e o Ministério de Saúde.
No geral, sem minimizar os desafios que representam as grandes festas populares para as ações de prevenção em saúde no Brasil, as campanhas não conseguiram oferecer elementos que pudessem fazer de modo eficiente o enfrentamento. Na raiz permanece um indicador repetitivo que não promove comunicação. O Zé Gotinha pode ser um desses trunfos no caso da vacinação e na interação com crianças e adolescentes, tem elementos que agregam se bem utilizados depois de anos colocado no ostracismo. Nas outras áreas, falta a arte que esse boneco carregou e ainda carrega como atração à conduta de vacinação.
Os profissionais da área da comunicação que criam as campanhas para os governos precisam prestar atenção ao que o atual momento pede como exercício criativo permanente na confecção desses materiais e no tipo de reação dos públicos O que se quer e se faz necessário é a adoção da atitude de autoproteção como princípio nessa área e que as redes públicas de saúde ofereçam condições de assistência médica que delas precisam em casos de adoecimento.
(Foto: Agência Brasil)
Fonte: acritica.com